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“Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro a morrer é você mesmo – Papa Francisco”

“Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro a morrer é você mesmo – Papa Francisco”

É interessante ver o incômodo que a crítica ao culto à morte traz às pessoas.

Você pode ter uma interpretação pragmática de que a morte seria uma consequência óbvia e se conformar, o que muito se diferencia do “torcer” ou “comemorar” uma morte.

As pessoas tem perdido, cada dia mais, a capacidade de refletir e avaliarem se suas atitudes e pensamentos se alinham ou confrontam com princípios que, ao mesmo tempo, acreditam defender e seguir.

Na instantânea satisfação de suas emoções, se aproximam na ausência de amor daqueles que julgam ser monstruosos (E o são. Só não deveríamos ser também – mesmo que por instantes, minutos ou um dia se quer).

A sustentação de narrativas em que o mundo se divide em vilões e mocinho, aqueles que são defensores disso, aqueles que são defensores daquilo, gera um contexto de antagonismo e polarização que só alimentam interpretações superficiais daquilo que lemos e vemos. Se na atitude ou fala existe um elemento que se aproxima da “história” de certa narrativa, logo essa fala pertence a determinada “ideologia” e por isso eu abomino. Não absorvo. Não me traz a necessidade de refletir. Porém, como sabemos, não existe vácuo ideológico. Toda filosofia, de certa forma, se assenta a alguma. A simples negação ideológica, muitas vezes, é característica de uma ideologia.

E assim, vamos nos fechando a melhorar. Já somos completos. Já sabemos no que acreditamos e sabemos quem são os nossos inimigos.

Seguimos um caminho do “eles contra a gente”, “a gente contra eles”, e o nosso pior inimigo tem vencido sempre. Talvez até aqui você ainda não tenha identificado quem seria ele: a nossa incapacidade de refletir, nos avaliarmos e reavaliarmos e buscarmos ser melhores que ontem.

É hora de pararmos de alimentar essa competição que nos faz querer ser sempre melhores que o outro. Comparar ao outro. Que cria no outro o inimigo que precisa sempre ser vencido. Precisamos, sim, nos compararmos a nós mesmos, com o nosso ontem. O que eu fiz melhor? O que eu ainda preciso melhorar? O que me permitiria ser melhor, ser mais amor?

Ainda, antes de concluir, é muito comum que ao refletir quanto as nossas posturas e, principalmente, quanto aos nossos erros, nos justifiquemos com a afirmação de que “Somos humanos! Somos falhos”. Então, aceitar que somos falhos tem 2 caminhos/consequências (dentre outros, claro): 1) Nos conformarmos que falhamos e, por isso, entendermos que não devemos conter nossa falha e lutar diariamente por mudança. 2) Tiramos da constatação de “nossa natureza falha” a certeza de que precisamos melhorar a cada dia, na construção paulatina do nosso “eu melhor”.

Bem, é isso. Com o texto de hoje eu não espero fazer grandes mudanças no seu eu, mas, se para isso ele contribuir, sem dúvida ainda mais motivos para estar feliz eu vou ter. Porém, esse texto é parte, principalmente, da minha reflexão para comigo mesmo. De trazer pra escrita aquilo que precisa me motivar a cada dia: ser a versão melhor de mim mesmo.

Desculpe se minha autorreflexão, nesse contexto de narrativas polarizadas, te gerou algum desconforto que não aquele de ser, amanhã, uma versão melhor que você é hoje. Não foi e não é a intenção.

1 Comment


  1. Devany Fernandes da Silva

    Penso bastante parecido com o que você escreveu, meu amigo.
    Nossa vida aqui na Terra é na verdade, um trabalho constante de aprendizagem. Preciso é que compreendamos bem rápido, nossa condição de peregrinos do Cosmo em busca da perfeição relativa.
    Não adianta ser bom, por medo de ir pro “inferno”. Nem ser bonzinho para ir pro Céu. O ideal seria que a gente pudesse fazer sempre o melhor para todos, para que todos tivessem um Mundo melhor para todos. O Céu ou o Inferno, como as religiões afirmam, não existe
    Abraço!

    Reply

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